Blocos Afro
Ilê Aiyê -
Primeiro bloco afro fundado na Bahia, o Ilê Aiyê nasceu no Curuzu, Liberdade, e
já foi premiado diversas vezes como o melhor bloco afro do Carnaval baiano. A
discografia do Ilê Aiyê, batizada com o nome de "Canto Negro”, é composta
por quatro discos. No CD "IV Canto Negro", lançado em 1998 e
produzido por Arto Lindsay, foram gravadas músicas que fizeram sucesso ao longo
dos primeiros 25 anos do bloco. Pela Band'Aiyê já passaram grandes mestres da
percussão baiana, como Mestre Bafo, Mestre Carneiro, Mestre Eron, Mestre
Muçulmano, Mestre Valter, Neguinho do Samba, Mestre Senac, Mestre Prego, Ninha,
Robertinho Alazarrô, Carlinhos Brown e Ademir. O Ilê Aiyê já se apresentou em
inúmeros países, a exemplo de Angola, Benin, Estados Unidos, França, Itália,
Alemanha, Dinamarca, Equador, Colômbia e Argentina. Ações Sociais- O bloco mantém um projeto de inserção
pedagógica que contempla a escola de educação formal Mãe Hilda e a de educação
infantil Banda Erê. Também oferece cursos profissionalizantes de assistente de
cozinha, estética afro, informática, confecção de instrumentos e telemarketing.
Malê Debalê -
Os fundadores do Malê participavam do bloco afro Melo do Banzu, no Engenho
Velho da Federação, e quando se mudaram para Itapuã resolveram fundar o bloco,
que se tornou também uma associação de moradores da comunidade, dedicada a
valorizar a cultura negra e promover o desenvolvimento do bairro. O bloco também participa de ações sociais
mantendo uma escola que atende a cerca
de 300 alunos, do pré-escolar até a segunda série, oferecendo também aulas de
dança, teatro e música.
Olodum- O
Bloco Afro Olodum foi fundado em 1979, como opção de lazer para os moradores do
bairro do Maciel, hoje conhecido como Pelourinho. É uma organização não
governamental reconhecida como de utilidade pública e desenvolve atividades que
visam valorizar e fortalecer a cultura de matriz africana e aprimorar o
processo de formação cultural dos afro-baianos através de ações educativas e
culturais. Depois da estreia no Carnaval de 1980, o grupo conquistou 2.000
associados e passou a abordar temas históricos relativos à cultura
afro-brasileira. O primeiro LP, "Egito, Madagascar" (1987), estourou
na Bahia com a música "Faraó". O Olodum tornou-se conhecido
internacionalmente como grupo de percussão afro-brasileira e excursionou pela
Europa, Japão e América do Sul. Um dos momentos de maior exposição foi em 1990,
quando o grupo participou do disco "The Rhythm of the Saints", do
cantor Paul Simon. O Olodum já gravou também com outros músicos consagrados,
como Wayne Shorter, Michael Jackson, Jimmy Cliff, Herbie Hancock e Caetano
Veloso. O Olodum teve a iniciativa de, além do bloco de Carnaval, criar uma
escola, uma banda de shows e um bando de teatro, como alternativas para
estimular a presença afro-brasileira em áreas que, até então, ofereciam pouca
visibilidade à população negra.
Fonte: http://www.carnavalouronegro.ba.gov.br/afro.php
Por Nina Bahia