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sexta-feira, 31 de agosto de 2012


                                            Blocos Afro

Ilê Aiyê - Primeiro bloco afro fundado na Bahia, o Ilê Aiyê nasceu no Curuzu, Liberdade, e já foi premiado diversas vezes como o melhor bloco afro do Carnaval baiano. A discografia do Ilê Aiyê, batizada com o nome de "Canto Negro”, é composta por quatro discos. No CD "IV Canto Negro", lançado em 1998 e produzido por Arto Lindsay, foram gravadas músicas que fizeram sucesso ao longo dos primeiros 25 anos do bloco. Pela Band'Aiyê já passaram grandes mestres da percussão baiana, como Mestre Bafo, Mestre Carneiro, Mestre Eron, Mestre Muçulmano, Mestre Valter, Neguinho do Samba, Mestre Senac, Mestre Prego, Ninha, Robertinho Alazarrô, Carlinhos Brown e Ademir. O Ilê Aiyê já se apresentou em inúmeros países, a exemplo de Angola, Benin, Estados Unidos, França, Itália, Alemanha, Dinamarca, Equador, Colômbia e Argentina. Ações Sociais-  O bloco mantém um projeto de inserção pedagógica que contempla a escola de educação formal Mãe Hilda e a de educação infantil Banda Erê. Também oferece cursos profissionalizantes de assistente de cozinha, estética afro, informática, confecção de instrumentos e telemarketing.

Malê Debalê - Os fundadores do Malê participavam do bloco afro Melo do Banzu, no Engenho Velho da Federação, e quando se mudaram para Itapuã resolveram fundar o bloco, que se tornou também uma associação de moradores da comunidade, dedicada a valorizar a cultura negra e promover o desenvolvimento do bairro.  O bloco também participa de ações sociais mantendo  uma escola que atende a cerca de 300 alunos, do pré-escolar até a segunda série, oferecendo também aulas de dança, teatro e música.

Olodum- O Bloco Afro Olodum foi fundado em 1979, como opção de lazer para os moradores do bairro do Maciel, hoje conhecido como Pelourinho. É uma organização não governamental reconhecida como de utilidade pública e desenvolve atividades que visam valorizar e fortalecer a cultura de matriz africana e aprimorar o processo de formação cultural dos afro-baianos através de ações educativas e culturais. Depois da estreia no Carnaval de 1980, o grupo conquistou 2.000 associados e passou a abordar temas históricos relativos à cultura afro-brasileira. O primeiro LP, "Egito, Madagascar" (1987), estourou na Bahia com a música "Faraó". O Olodum tornou-se conhecido internacionalmente como grupo de percussão afro-brasileira e excursionou pela Europa, Japão e América do Sul. Um dos momentos de maior exposição foi em 1990, quando o grupo participou do disco "The Rhythm of the Saints", do cantor Paul Simon. O Olodum já gravou também com outros músicos consagrados, como Wayne Shorter, Michael Jackson, Jimmy Cliff, Herbie Hancock e Caetano Veloso. O Olodum teve a iniciativa de, além do bloco de Carnaval, criar uma escola, uma banda de shows e um bando de teatro, como alternativas para estimular a presença afro-brasileira em áreas que, até então, ofereciam pouca visibilidade à população negra.

Fonte: http://www.carnavalouronegro.ba.gov.br/afro.php

Por Nina Bahia

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Algumas palavras africanas introduzidas em nosso vocabulário




A
abará: bolinho de feijão.
acará: peixe de esqueleto ósseo.
acarajé: bolinho de feijão frito (feijão fradinho).
agogô: instrumento musical constituído por uma dupla campânula de ferro, produzindo dois sons.
angu: massa de farinha de trigo ou de mandioca ou arroz.

B
bangüê: padiola de cipós trançados na qual se leva o bagaço da cana.
bangulê: dança de negros ao som da puíta, palma e sapateados.
banzar: meditar, matutar.
banzo: nostalgia mortal dos negros da África.
banto: nome do grupo de idiomas africanos em que a flexão se faz por prefixos.
batuque: dança com sapateados e palmas.
banguela: desdentado.
berimbau: instrumento de percussão com o qual se acompanha a capoeira.
búzio: concha.

C
cachaça: aguardente.
cachimbo: aparelho para fumar.
cacimba: cova que recolhe água de terrenos pantanosos.
Caculé: cidade da Bahia.
cafife: diz-se de pessoa que dá azar.
cafuca: centro; esconderijo.
cafua: cova.
cafuche: irmão do Zumbi.
cafuchi: serra.
cafundó: lugar afastado, de acesso difícil.
cafuné: carinho.
cafungá: pastor de gado.
calombo: quisto, doença.
calumbá: planta.
calundu: mau humor.
camundongo: rato.
Candomblé: religião dos negros iorubás.
candonga: intriga, mexerico.
canjerê: feitiço, mandinga.
canjica: papa de milho verde ralado.
carimbo: instrumento de borracha.
catimbau: prática de feitiçaria .
catunda: sertão.
Cassangue: grupo de negros da África.
caxambu: grande tambor usado na dança harmônica.
caxumba: doença da glândula falias.
chuchu: fruto comestível.
cubata: choça de pretos; senzala.
cumba: forte, valente.
Cumbe: povoação em Angola.

D
dendê: fruto do dendezeiro.
dengo: manha, birra.
diamba: maconha.

E
efó: espécie de guisado de camarões e ervas, temperado com azeite de dendê e pimenta.
Exu: deus africano de potências contrárias ao homem.

F
fubá: farinha de milho.

G
guandu: o mesmo que andu (fruto do anduzeiro), ou arbusto de flores amarelas, tipo de feijão comestível.

I
inhame: planta medicinal e alimentícia com raiz parecida com o cará.
Iemanjá: deusa africana, a mãe d’ água dos iorubanos.
iorubano: habitante ou natural de Ioruba (África).

J
jeribata: alcóol; aguardente.
jeguedê: dança negra.
jiló: fruto verde de gosto amargo.
jongo: o mesmo que samba.

L
libambo: bêbado (pessoas que se alteram por causa da bebida).
lundu: primitivamente dança africana.

M
macumba: religião afro-brasileira.
máculo: nódoa, mancha.
malungo: título que os escravos africanos davam aos que tinham vindo no mesmo navio; irmão de criação.
maracatu: cortejo carnavalesco que segue uma mulher que num bastão leva uma bonequinha enfeitada, a calunga.
marimba: peixe do mar.
marimbondo: o mesmo que vespa.
maxixe: fruto verde.
miçanga: conchas de vidro, variadas e miúdas.
milonga: certa música ao som de violão.
mandinga: feitiçaria, bruxaria.
molambo: pedaço de pano molhado.
mocambo: habitação muito pobre.
moleque: negrinho, menino de pouca idade.
muamba: contrabando.
mucama: escrava negra especial.
mulunga: árvore.
munguzá: iguaria feita de grãos de milho cozido, em caldo açucarado, às vezes com leite de coco ou de gado. O mesmo que canjica.
murundu1: montanha ou monte; montículo; o mesmo que montão.
mutamba: árvore.
muxiba: carne magra.
muxinga: açoite; bordoada.
muxongo: beijo; carícia.
maassagana: confluência, junção de rios em Angola.

O
Ogum ou Ogundelê: Deus das lutas e das guerras.
Orixá: divindade secundário do culto jejênago, medianeira que transmite súplicas dos devotos suprema divindade desse culto, ídolo africano.

P
puita: corpo pesado usado nas embarcações de pesca em vez fateixa.

Q
quenga: vasilha feita da metade do coco.
quiabo: fruto de forma piramidal, verde e peludo.
quibebe: papa de abóbora ou de banana.
quilombo: valhacouto de escravos fugidos.
quibungo: invocado nas cantigas de ninar, o mesmo que cuca, festa dançante dos negros.
queimana: iguaria nordestina feita de gergelim .
quimbebé: bebida de milho fermentado.
quimbembe: casa rústica, rancho de palha.
quimgombô: quiabo.
quitute: comida fina, iguaria delicada.
quizília: antipatia ou aborrecimento.

S
samba: dança cantada de origem africana de compasso binário ( da língua de Luanda, semba = umbigada).
senzala: alojamento dos escravos.
soba: chefe de trigo africana.

T
tanga: pano que cobre desde o ventre até as coxas.
tutu: iguaria de carne de porco salgada, toicinho, feijão e farinha de mandioca.

U
urucungo: instrumento musical.

V
vatapá: comida.

X
xendengue: magro, franzino. 

Z
zambi ou zambeta: cambaio, torto das pernas.
zumbi: fantasmas. 

Por: Natália Miranda.

A cultura que veio dos Navios Negreiros




A época do tráfico negreiro não foi só sofrimento, nela também ocorreu grande troca de cultura com os quitutes do tabuleiro da baiana, os sons e cores dos blocos de afoxé, os movimentos das danças populares, os traços e formas da arte e os detalhes de nossas vestimentas e até mesmo o nosso vocabulário, provam o quanto estamos próximos da África, entendemos como o nosso cotidiano foi enriquecido pela tradição religiosa africana e percebemos que a distância entre os dois continentes não é empecilho para a proximidade de suas culturas. 

Os principais quitutes baianas: (Clique nos nomes em verde e acesse o link da receita!)

Acarajé

Acarajé na mão-Um crocante bolinho de feijão-fradinho cortado, acompanhado de vatapá, caruru, camarão e salada.


Cuscuz
CuzcuzConsiste em farinha de milho ou fubá, umedecida em água, temperada com sal e cozida no vapor em cuscuzeira (panela própria para fazer o prato). Servida com camarão ou sardinha.
 
Bobó de camarão
Bobó de camarãoPrato de consistência cremosa, feito com camarões refogados em temperos verdes, misturados no purê de aipim e mais azeite de dendê, gengibre e camarões secos



 Moqueca de Peixe
Moqueca É feita com um peixe como o robalo, azeite, cebola, alho, tomate, coentro, leite de coco
e um pouco de azeite de dendê



Por: Natália Miranda

Saiba mais sobre o Tráfico Negreiro



Neste expediente pretendemos demonstrar, de maneira sucinta, a "delicada" condição do transporte de escravos no "auge" do tráfico negreiro realizado principalmente pelos portugueses nos séculos XVI e XVII. Para tanto, contaremos com uma extraordinária participação de José Gonçalves Salvador, um estudioso dedicado ao assunto. Sua obra "Os Magnatas do Tráfico Negreiro" nos fornece a base para elaboração deste humilde trabalho.

Como era feita a divisão dos escravos dentro dos navios? Havia tratamento diferenciado para mulheres, homens e crianças, tratamento no sentido de lugares de acomodação?

Neste último dia 13 de maio de 2004 "celebra-se" a "data oficial" da abolição dos escravos, por meio da Lei Áurea, na ocasião, assinada pela Princesa Isabel. Infelizmente podemos afirmar que a escravidão continua presente em nossos dias, mesmo se tratando de século XXI.

Voltando ao nosso artigo, é interessante saber que muitas das embarcações que transportaram escravos advindos da Guiné (África), serviram, em ocasiões anteriores, para transportar produtos da Índia, pois não podemos deixar de lado a forte cobiça dos portugueses pelas riquezas das especiarias que havia naquela região. Esta situação revela duas informações: 1) a de que estes navios já não contava com um estado de conservação regular a ponto de oferecer a todos os tripulantes algum tipo de segurança durante as longas viagens; 2) a de que Portugal não reunia condições financeiras suficientes para empregar na aquisição de navios novos e mais bem equipados. Estas embarcações já haviam enfrentado longas viagens em busca em busca das riquezas indianas.

É inegável apontarmos os significativos avanços da ciência náutica proferido principalmente pelos portugueses. O autor menciona que este avanço remonta há tempos longínquos, passando pelo el - rei D. Dinis (1261 - 1325), depois com D. João II com o desenvolvimento das naus que se sobressaíram em comparação as embarcações da época, inclusive da utilizada por Vasco da Gama quando cruzara o Cabo da Boa Esperança.

O que percebemos também, é o ligeiro aumento na ousadia das embarcações, sempre com objetivo de aumentar em tamanho, consequentemente em capacidade de carga. D. João III foi o mais ousado com embarcações de até 800 toneladas. Por outro lado, estes avanço e esta coragem, revela um ponto negativo, pois devido ao aumento do tamanho dos navios vêm junto a dificuldade de controlá-los em curso, há também perda de velocidade, pois o peso aumenta consideravelmente.

Com os reis Felipes a ousadia continuou com a ambição de negócios cada vez mais lucrativos. As embarcações eram fabricadas com materiais questionáveis eram fabricadas com materiais de qualidade inferior, o mesmo ocorria com relação a manutenção destas embarcações. Após inúmeras viagens para realização do comércio com as Índias, estas mesmas embarcações serviriam para transportar escravos com destino ao Novo Mundo.

O cristão - novo Duarte Gomes Solis, uma pessoa experiente com tratos comerciais, além de um eximo viajante dá a sugestão de remodelar as construções náuticas, criticando os grandes navios dizendo que estas refletiam nada mais do que a enorme cobiça dos portugueses, com embarcações mau construídas, longe de atingir os objetivos lusos. No entanto, esta idéia ia de encontro aos interesses dos mercadores portugueses.

Em 1630 podemos observar embarcações com menor capacidade, alguns realmente aceitaram tal sugestão de Sois. Mas a crise marítima estava por se apresentar. Em 1640, sob governo de el - rei D. João IV o poderio naval português adentrava em profundo declínio, advindos, em grande parte, de naufrágios constantes.

Com a Companhia Geral do Comércio do Brasil a coroa portuguesa percebeu que precisava enviar escravos em grande quantidade ao Brasil. A solução era sobrecarregar os navios já em uso, que em sua grande maioria eram de baixa capacidade.

Padre Antônio Vieira sugere a compra de navios nas Províncias Unidas. Portugal não tinha recursos para este feito, entretanto, por meio de Nunes da Costa efetuou-se parte de uma encomenda de novos navios. Em 15 de março de 1648 um alvará foi elaborado para ordenar a compra de navios somente com a capacidade mínima de 350.


Fonte: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=619

Deus ex machina

                                       
Em momentos que o povo está desanimado com o seu país, é necessário um “herói”, um circo, para pelo menos compensar o pão que falta, e dar esperanças àqueles que achavam que esta estava, há muito, perdida. Esse é o caso do corredor ugandês Stephen Kiprotich, que levou a estimada medalha ouro a seu país nas olimpíadas de 2012, em Londres.

Para entender por que essa conquista é tão importante para Uganda, primeiro temos de analisar os seus dados: país africano com aproximadamente 32 milhões de habitantes, a Uganda obteve a independência da Inglaterra em 1962, mas mesmo assim ela não se tornou um país com boa qualidade de vida. Apresentando IDH de 0,422 e PIB per capita de US$ 936, esse país é um dos piores do mundo para se morar. 

Analisando essas informações, percebemos o motivo pelo qual os ugandeses tem toda a razão para não estarem satisfeitos com seu país, afinal, foram séculos de miséria sem nenhuma perspectiva de mudança. Mas eis que surge, como uma luz no fim do túnel, Stephen Kiprotich. Contrariando expectativas, o “Flash” da África conquistou a medalha de ouro na maratona masculina, levando assim pelo menos um motivo para o povo de Uganda comemorar. Não que essa medalha vá se transformar em hospitais, escolas, bancos e tudo o mais que a Uganda precisa. Mas pelo menos ela mostra aos ugandeses que, assim como Stephen Kiprotich, eles podem contrariar expectativas, conquistando respeito para o seu país, já tão desestimulado.

                                                                                                                                  G3 – Lucas Cauê

terça-feira, 28 de agosto de 2012

PASSEIO Á CACHOEIRA

Assista o vídeo abaixo que contém algumas imagens de Cachoeira - BA: