Pessoal que Visitaram o Blog

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Carta para a África

Oh África, terra de encanto, aonde chegastes?
Depois de tanto tempo trancada em navios sujos, maltratada pela avareza do homem branco, enfim aportaste neste Brasil. Sei que muito sofreste com os castigos e os trabalhos compulsórios impostos pelos homens brancos, mas hoje, se o Brasil é o que é, deve-se a você.
Trouxeste para cá, não apenas sofrimentos, mas todo um mundo de tradição, com suas danças, comidas, religião e novas palavras para a nossa cultura.

Você resplandece como o Sol e sua luta da esperança para aqueles que depois de anos, ainda sofrem carregando nos ombros as tiranias dos patrões.
Brilha, brilha África, brilha e leva essa magia que chegou às terras do um Brasil, para o resto do mundo, a fim de que todos te possam ver não apenas como uma terra sofrida mas uma terra que tem ainda muito para ensinar ao mundo.


Por: Juliana Pombo
Grupo 3

terça-feira, 30 de outubro de 2012

A ÁFRICA QUE CHEGA AO BRASIL

O desembarque dos primeiros africanos na terra que mais tarde se chamaria Brasil aconteceu no contexto da expansão comercial europeia ao longo dos séculos XV e XVI. Os europeus conseguiram abrir novas rotas marítimas e entrar em contato com povos e regiões até então desconhecidas. Foi assim que os portugueses chegaram ao Brasil, em 1500. O contato com populações nativas foi se intensificando,  e em meados do século XVI, já estava em formação uma grande rede ligando a Europa, as Américas e a África.

O interesse que movia os portugueses era comercial, mas ao lado disso  trocas culturais também ocorreram.

Na África os portugueses encontraram reinos poderosos, cidades e redes comerciais. Nessas rotas de comércio, os portugueses aproveitaram para vender produtos da Europa e adquirir dos africanos produtos diversos, como ouro, marfim, couro, especiarias e escravos.  Antes da chegada deles já havia um comércio de escravos na África, mas esse comércio modificou-se bastante. Naquela época, havia uma crescente demanda por mão de obra para trabalhar nas Américas. Assim, o tráfico de gente passou a ser o negócio mais lucrativo da África.

Calcula-se que, entre o século XVI e meados do século XIX, mais de 11 milhões de homens, mulheres e crianças africanas foram transportados para as Américas como escravos. A maioria desembarcou em portos brasileiros (cerca de 4 milhões). Assim, nenhuma outra região americana esteve tão ligada comercialmente e culturalmente à África como esse país.

A migração transatlântica forçada foi a principal fonte de renovação da população cativa no Brasil, especialmente nas áreas ligadas à agricultura de exportação, como cana-de-açúcar. Diante das péssimas condições de vida e maus-tratos, a população escrava não crescia numa proporção menor que a população livre. Além dos que morriam, o tráfico funcionava para substituir os que conseguiam a alforria ou fugiam para os quilombos. Assim, havia necessidade constante de buscar mais africanos para trabalhar nos engenhos e nas minas.

Os europeus apresentavam justificativas religiosas e a ideia de que os africanos precisavam ser civilizados para justificar o tráfico negreiro. Na verdade, o tráfico fazia parte de uma grande cruzada contra os povos não católicas da África, mas antes de tudo era um grande negócio que movimentava riqueza nas duas margens do Atlântico.

                                           

A TRAVESSIA ATLÂNTICA      

Calcula-se que entres o século XVI e meados do século XIX, mas de 11 milhões pessoas foram levadas para as Américas como escravos. E desde esse momento, haveria uma ligação eterna entre o Brasil e África. As travessias entre a África e o Brasil eram longas, cansativas e totalmente desumanas, onde os escravos por vezes não resistiam e morriam por doenças, fome, sede, infecção e maus tratos, e nesse estado de calamidade os escravos permaneciam de dias até meses a espera que toda aquela carga chegasse ao seu destino final. E para melhor diferenciação de escravos por donos, eles eram cruelmente marcados com ferro quente no peito ou nas costas. Além da má alimentação os escravos eram acorrentados em um pequeno espaço com mais de 300 pessoas. Tratados como mercadoria, após a sua chegada os escravos eram expostos e vendidos nas cidades brasileiras, e dali eram distribuídos para as regiões mais distantes do litoral.
Muitos africanos morriam antes mesmo de deixarem o solo africano, devido às péssimas condições às quais eram expostos. Completado o número de escravos a serem transportados, os africanos eram levados para os navios negreiros onde eram submetidos a maus-tratos. As condições das embarcações eram precárias: para garantir alta rentabilidade, os capitães só zarpavam da África com número máximo de passageiros. Muitas vezes, aumentar o número de cativos implicava diminuir a quantidade de víveres disponível para cada um.
No interior dos navios negreiros, mudanças culturais significativas começavam a ocorrer. Ao longo da angustiante travessia, os cativos estabeleciam laços de amizade que geravam profunda solidariedade e verdadeiras obrigações de ajuda mútua. O tráfico terminou colocando em contato povos de diversos lugares da África, com culturas diferentes.  Daí se dizer que a África foi também redescoberta no Brasil pelos africanos. Ao desembarcarem em portos do Brasil, os africanos eram expostos à venda nos mercados das grandes cidades brasileiras e dali eram redistribuídos para regiões mais distantes do litoral. Ao chegar às fazendas e entrar em contato com pessoas de diversas partes da África e com gente nascida no Brasil, eles percebiam que para sobreviver seria preciso criar vínculos de amizade tanto com outros africanos como os brasileiros. Nesse contato influenciavam profundamente as formas de viver e sentir das populações locais.


                            


AS MUITAS ÁFRICAS QUE VIERAM PARA O BRASIL


O tráfico transatlântico promoveu o povoamento do Brasil com gente vinda de várias regiões do continente africano. A metrópole portuguesa adotou a política de misturar escravos de diferentes lugares e povos africanos para impedir revoltas, que se gerariam a partir da concentração de negros da mesma origem na colônia.  A origem dos africanos traficados dependia das conexões comerciais mantidas pelos traficantes portugueses, brasileiros e africanos.
No século XVI, os escravos trazidos para o Brasil vinham da região da Guiné. Mas, no decorrer daquele século até a primeira metade do século XVIII, os chefes políticos e mercadores da África Centro-Ocidental, em particular do território que hoje é ocupado por Angola, forneceram a maior parte dos escravos utilizados em todas as regiões do Brasil. Depois de 1815, quando os ingleses intensificaram seus esforços para acabar com o tráfico transatlântico, os traficantes do Rio de Janeiro concentraram suas operações na costa oriental.
O fato de morar numa mesma região, falar a mesma língua e pertencer a uma mesma nação foi fundamental para a sobrevivência de africanos no Brasil. Porém, isso não impediu que africanos vindos de lugares diferentes na África se relacionassem e criassem novas alianças. As adversidades da escravidão muitas vezes favoreceram a união de povos divididos na África por antigas rivalidades. A multiplicidade de povos com línguas e crenças diferentes fez do Brasil um espaço privilegiado de convergência de tradições africanas diversas que ainda hoje continuam.




O POVOAMENTO DO BRASIL ATRAVÉS DO TRÁFICO

Enquanto o tráfico de escravos continuava, as áreas importadoras do Brasil, cada vez mais recebiam mais escravos vindos da Angola. Normalmente, os traficantes subdividiam os africanos que chegavam ao Brasil de acordo com o porto de onde tinham sido embarcados na África. Pelo fato de passarem a morar numa mesma região, falar a mesma língua, mesmo sendo de diferentes lugares da África, foi fundamental os escravos poderem reconstruir todos os seus laços de amizades, famílias e comunidades.

Os muitos povos, as muitas colônias, as muitas culturas, religiões e idiomas foram se misturando e criando uma nova cultura que ligaria as varias partes da África em uma só totalmente concentrada no Brasil. E daí começou o povoamento do Brasil, e houve assim uma mistura que viria a se chamar depois de longos anos de cultura Afro-brasileira, pois, como dizia o padre Antônio Vieira, “quem diz açúcar, diz Brasil e quem diz Brasil diz Angola’’”.

A colonização do Brasil, não foi só uma obra dos portugueses, mas, sem a participação dos africanos, os portugueses não iriam conseguir, além de Portugal não ser um país não muito grande, naquela época a população de Portugal não era  suficiente para ocupar a colônia. E pela importação em massa de escravos, com isso os portugueses conseguiram defender e proteger de outras colônias, pois, saberiam que lá iriam achar matéria prima e especiarias.

Todo o trabalho árduo quem fez foi os índios ali escravizados e os escravos africanos, que ergueram cidades e portos, conheciam e conduziam os seus colonizadores há áreas desconhecidas. O tráfico não foi feito somente para escravizar africanos com a intenção de explorar as riquezas do Brasil, mas também africanizou e mudou toda a história do Brasil.


GRUPO:
Maria Manuela
Igor Radel
Nina Bahia
Matheus Valejo
Arthur Martinez

sexta-feira, 31 de agosto de 2012


                                            Blocos Afro

Ilê Aiyê - Primeiro bloco afro fundado na Bahia, o Ilê Aiyê nasceu no Curuzu, Liberdade, e já foi premiado diversas vezes como o melhor bloco afro do Carnaval baiano. A discografia do Ilê Aiyê, batizada com o nome de "Canto Negro”, é composta por quatro discos. No CD "IV Canto Negro", lançado em 1998 e produzido por Arto Lindsay, foram gravadas músicas que fizeram sucesso ao longo dos primeiros 25 anos do bloco. Pela Band'Aiyê já passaram grandes mestres da percussão baiana, como Mestre Bafo, Mestre Carneiro, Mestre Eron, Mestre Muçulmano, Mestre Valter, Neguinho do Samba, Mestre Senac, Mestre Prego, Ninha, Robertinho Alazarrô, Carlinhos Brown e Ademir. O Ilê Aiyê já se apresentou em inúmeros países, a exemplo de Angola, Benin, Estados Unidos, França, Itália, Alemanha, Dinamarca, Equador, Colômbia e Argentina. Ações Sociais-  O bloco mantém um projeto de inserção pedagógica que contempla a escola de educação formal Mãe Hilda e a de educação infantil Banda Erê. Também oferece cursos profissionalizantes de assistente de cozinha, estética afro, informática, confecção de instrumentos e telemarketing.

Malê Debalê - Os fundadores do Malê participavam do bloco afro Melo do Banzu, no Engenho Velho da Federação, e quando se mudaram para Itapuã resolveram fundar o bloco, que se tornou também uma associação de moradores da comunidade, dedicada a valorizar a cultura negra e promover o desenvolvimento do bairro.  O bloco também participa de ações sociais mantendo  uma escola que atende a cerca de 300 alunos, do pré-escolar até a segunda série, oferecendo também aulas de dança, teatro e música.

Olodum- O Bloco Afro Olodum foi fundado em 1979, como opção de lazer para os moradores do bairro do Maciel, hoje conhecido como Pelourinho. É uma organização não governamental reconhecida como de utilidade pública e desenvolve atividades que visam valorizar e fortalecer a cultura de matriz africana e aprimorar o processo de formação cultural dos afro-baianos através de ações educativas e culturais. Depois da estreia no Carnaval de 1980, o grupo conquistou 2.000 associados e passou a abordar temas históricos relativos à cultura afro-brasileira. O primeiro LP, "Egito, Madagascar" (1987), estourou na Bahia com a música "Faraó". O Olodum tornou-se conhecido internacionalmente como grupo de percussão afro-brasileira e excursionou pela Europa, Japão e América do Sul. Um dos momentos de maior exposição foi em 1990, quando o grupo participou do disco "The Rhythm of the Saints", do cantor Paul Simon. O Olodum já gravou também com outros músicos consagrados, como Wayne Shorter, Michael Jackson, Jimmy Cliff, Herbie Hancock e Caetano Veloso. O Olodum teve a iniciativa de, além do bloco de Carnaval, criar uma escola, uma banda de shows e um bando de teatro, como alternativas para estimular a presença afro-brasileira em áreas que, até então, ofereciam pouca visibilidade à população negra.

Fonte: http://www.carnavalouronegro.ba.gov.br/afro.php

Por Nina Bahia

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Algumas palavras africanas introduzidas em nosso vocabulário




A
abará: bolinho de feijão.
acará: peixe de esqueleto ósseo.
acarajé: bolinho de feijão frito (feijão fradinho).
agogô: instrumento musical constituído por uma dupla campânula de ferro, produzindo dois sons.
angu: massa de farinha de trigo ou de mandioca ou arroz.

B
bangüê: padiola de cipós trançados na qual se leva o bagaço da cana.
bangulê: dança de negros ao som da puíta, palma e sapateados.
banzar: meditar, matutar.
banzo: nostalgia mortal dos negros da África.
banto: nome do grupo de idiomas africanos em que a flexão se faz por prefixos.
batuque: dança com sapateados e palmas.
banguela: desdentado.
berimbau: instrumento de percussão com o qual se acompanha a capoeira.
búzio: concha.

C
cachaça: aguardente.
cachimbo: aparelho para fumar.
cacimba: cova que recolhe água de terrenos pantanosos.
Caculé: cidade da Bahia.
cafife: diz-se de pessoa que dá azar.
cafuca: centro; esconderijo.
cafua: cova.
cafuche: irmão do Zumbi.
cafuchi: serra.
cafundó: lugar afastado, de acesso difícil.
cafuné: carinho.
cafungá: pastor de gado.
calombo: quisto, doença.
calumbá: planta.
calundu: mau humor.
camundongo: rato.
Candomblé: religião dos negros iorubás.
candonga: intriga, mexerico.
canjerê: feitiço, mandinga.
canjica: papa de milho verde ralado.
carimbo: instrumento de borracha.
catimbau: prática de feitiçaria .
catunda: sertão.
Cassangue: grupo de negros da África.
caxambu: grande tambor usado na dança harmônica.
caxumba: doença da glândula falias.
chuchu: fruto comestível.
cubata: choça de pretos; senzala.
cumba: forte, valente.
Cumbe: povoação em Angola.

D
dendê: fruto do dendezeiro.
dengo: manha, birra.
diamba: maconha.

E
efó: espécie de guisado de camarões e ervas, temperado com azeite de dendê e pimenta.
Exu: deus africano de potências contrárias ao homem.

F
fubá: farinha de milho.

G
guandu: o mesmo que andu (fruto do anduzeiro), ou arbusto de flores amarelas, tipo de feijão comestível.

I
inhame: planta medicinal e alimentícia com raiz parecida com o cará.
Iemanjá: deusa africana, a mãe d’ água dos iorubanos.
iorubano: habitante ou natural de Ioruba (África).

J
jeribata: alcóol; aguardente.
jeguedê: dança negra.
jiló: fruto verde de gosto amargo.
jongo: o mesmo que samba.

L
libambo: bêbado (pessoas que se alteram por causa da bebida).
lundu: primitivamente dança africana.

M
macumba: religião afro-brasileira.
máculo: nódoa, mancha.
malungo: título que os escravos africanos davam aos que tinham vindo no mesmo navio; irmão de criação.
maracatu: cortejo carnavalesco que segue uma mulher que num bastão leva uma bonequinha enfeitada, a calunga.
marimba: peixe do mar.
marimbondo: o mesmo que vespa.
maxixe: fruto verde.
miçanga: conchas de vidro, variadas e miúdas.
milonga: certa música ao som de violão.
mandinga: feitiçaria, bruxaria.
molambo: pedaço de pano molhado.
mocambo: habitação muito pobre.
moleque: negrinho, menino de pouca idade.
muamba: contrabando.
mucama: escrava negra especial.
mulunga: árvore.
munguzá: iguaria feita de grãos de milho cozido, em caldo açucarado, às vezes com leite de coco ou de gado. O mesmo que canjica.
murundu1: montanha ou monte; montículo; o mesmo que montão.
mutamba: árvore.
muxiba: carne magra.
muxinga: açoite; bordoada.
muxongo: beijo; carícia.
maassagana: confluência, junção de rios em Angola.

O
Ogum ou Ogundelê: Deus das lutas e das guerras.
Orixá: divindade secundário do culto jejênago, medianeira que transmite súplicas dos devotos suprema divindade desse culto, ídolo africano.

P
puita: corpo pesado usado nas embarcações de pesca em vez fateixa.

Q
quenga: vasilha feita da metade do coco.
quiabo: fruto de forma piramidal, verde e peludo.
quibebe: papa de abóbora ou de banana.
quilombo: valhacouto de escravos fugidos.
quibungo: invocado nas cantigas de ninar, o mesmo que cuca, festa dançante dos negros.
queimana: iguaria nordestina feita de gergelim .
quimbebé: bebida de milho fermentado.
quimbembe: casa rústica, rancho de palha.
quimgombô: quiabo.
quitute: comida fina, iguaria delicada.
quizília: antipatia ou aborrecimento.

S
samba: dança cantada de origem africana de compasso binário ( da língua de Luanda, semba = umbigada).
senzala: alojamento dos escravos.
soba: chefe de trigo africana.

T
tanga: pano que cobre desde o ventre até as coxas.
tutu: iguaria de carne de porco salgada, toicinho, feijão e farinha de mandioca.

U
urucungo: instrumento musical.

V
vatapá: comida.

X
xendengue: magro, franzino. 

Z
zambi ou zambeta: cambaio, torto das pernas.
zumbi: fantasmas. 

Por: Natália Miranda.

A cultura que veio dos Navios Negreiros




A época do tráfico negreiro não foi só sofrimento, nela também ocorreu grande troca de cultura com os quitutes do tabuleiro da baiana, os sons e cores dos blocos de afoxé, os movimentos das danças populares, os traços e formas da arte e os detalhes de nossas vestimentas e até mesmo o nosso vocabulário, provam o quanto estamos próximos da África, entendemos como o nosso cotidiano foi enriquecido pela tradição religiosa africana e percebemos que a distância entre os dois continentes não é empecilho para a proximidade de suas culturas. 

Os principais quitutes baianas: (Clique nos nomes em verde e acesse o link da receita!)

Acarajé

Acarajé na mão-Um crocante bolinho de feijão-fradinho cortado, acompanhado de vatapá, caruru, camarão e salada.


Cuscuz
CuzcuzConsiste em farinha de milho ou fubá, umedecida em água, temperada com sal e cozida no vapor em cuscuzeira (panela própria para fazer o prato). Servida com camarão ou sardinha.
 
Bobó de camarão
Bobó de camarãoPrato de consistência cremosa, feito com camarões refogados em temperos verdes, misturados no purê de aipim e mais azeite de dendê, gengibre e camarões secos



 Moqueca de Peixe
Moqueca É feita com um peixe como o robalo, azeite, cebola, alho, tomate, coentro, leite de coco
e um pouco de azeite de dendê



Por: Natália Miranda

Saiba mais sobre o Tráfico Negreiro



Neste expediente pretendemos demonstrar, de maneira sucinta, a "delicada" condição do transporte de escravos no "auge" do tráfico negreiro realizado principalmente pelos portugueses nos séculos XVI e XVII. Para tanto, contaremos com uma extraordinária participação de José Gonçalves Salvador, um estudioso dedicado ao assunto. Sua obra "Os Magnatas do Tráfico Negreiro" nos fornece a base para elaboração deste humilde trabalho.

Como era feita a divisão dos escravos dentro dos navios? Havia tratamento diferenciado para mulheres, homens e crianças, tratamento no sentido de lugares de acomodação?

Neste último dia 13 de maio de 2004 "celebra-se" a "data oficial" da abolição dos escravos, por meio da Lei Áurea, na ocasião, assinada pela Princesa Isabel. Infelizmente podemos afirmar que a escravidão continua presente em nossos dias, mesmo se tratando de século XXI.

Voltando ao nosso artigo, é interessante saber que muitas das embarcações que transportaram escravos advindos da Guiné (África), serviram, em ocasiões anteriores, para transportar produtos da Índia, pois não podemos deixar de lado a forte cobiça dos portugueses pelas riquezas das especiarias que havia naquela região. Esta situação revela duas informações: 1) a de que estes navios já não contava com um estado de conservação regular a ponto de oferecer a todos os tripulantes algum tipo de segurança durante as longas viagens; 2) a de que Portugal não reunia condições financeiras suficientes para empregar na aquisição de navios novos e mais bem equipados. Estas embarcações já haviam enfrentado longas viagens em busca em busca das riquezas indianas.

É inegável apontarmos os significativos avanços da ciência náutica proferido principalmente pelos portugueses. O autor menciona que este avanço remonta há tempos longínquos, passando pelo el - rei D. Dinis (1261 - 1325), depois com D. João II com o desenvolvimento das naus que se sobressaíram em comparação as embarcações da época, inclusive da utilizada por Vasco da Gama quando cruzara o Cabo da Boa Esperança.

O que percebemos também, é o ligeiro aumento na ousadia das embarcações, sempre com objetivo de aumentar em tamanho, consequentemente em capacidade de carga. D. João III foi o mais ousado com embarcações de até 800 toneladas. Por outro lado, estes avanço e esta coragem, revela um ponto negativo, pois devido ao aumento do tamanho dos navios vêm junto a dificuldade de controlá-los em curso, há também perda de velocidade, pois o peso aumenta consideravelmente.

Com os reis Felipes a ousadia continuou com a ambição de negócios cada vez mais lucrativos. As embarcações eram fabricadas com materiais questionáveis eram fabricadas com materiais de qualidade inferior, o mesmo ocorria com relação a manutenção destas embarcações. Após inúmeras viagens para realização do comércio com as Índias, estas mesmas embarcações serviriam para transportar escravos com destino ao Novo Mundo.

O cristão - novo Duarte Gomes Solis, uma pessoa experiente com tratos comerciais, além de um eximo viajante dá a sugestão de remodelar as construções náuticas, criticando os grandes navios dizendo que estas refletiam nada mais do que a enorme cobiça dos portugueses, com embarcações mau construídas, longe de atingir os objetivos lusos. No entanto, esta idéia ia de encontro aos interesses dos mercadores portugueses.

Em 1630 podemos observar embarcações com menor capacidade, alguns realmente aceitaram tal sugestão de Sois. Mas a crise marítima estava por se apresentar. Em 1640, sob governo de el - rei D. João IV o poderio naval português adentrava em profundo declínio, advindos, em grande parte, de naufrágios constantes.

Com a Companhia Geral do Comércio do Brasil a coroa portuguesa percebeu que precisava enviar escravos em grande quantidade ao Brasil. A solução era sobrecarregar os navios já em uso, que em sua grande maioria eram de baixa capacidade.

Padre Antônio Vieira sugere a compra de navios nas Províncias Unidas. Portugal não tinha recursos para este feito, entretanto, por meio de Nunes da Costa efetuou-se parte de uma encomenda de novos navios. Em 15 de março de 1648 um alvará foi elaborado para ordenar a compra de navios somente com a capacidade mínima de 350.


Fonte: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=619

Deus ex machina

                                       
Em momentos que o povo está desanimado com o seu país, é necessário um “herói”, um circo, para pelo menos compensar o pão que falta, e dar esperanças àqueles que achavam que esta estava, há muito, perdida. Esse é o caso do corredor ugandês Stephen Kiprotich, que levou a estimada medalha ouro a seu país nas olimpíadas de 2012, em Londres.

Para entender por que essa conquista é tão importante para Uganda, primeiro temos de analisar os seus dados: país africano com aproximadamente 32 milhões de habitantes, a Uganda obteve a independência da Inglaterra em 1962, mas mesmo assim ela não se tornou um país com boa qualidade de vida. Apresentando IDH de 0,422 e PIB per capita de US$ 936, esse país é um dos piores do mundo para se morar. 

Analisando essas informações, percebemos o motivo pelo qual os ugandeses tem toda a razão para não estarem satisfeitos com seu país, afinal, foram séculos de miséria sem nenhuma perspectiva de mudança. Mas eis que surge, como uma luz no fim do túnel, Stephen Kiprotich. Contrariando expectativas, o “Flash” da África conquistou a medalha de ouro na maratona masculina, levando assim pelo menos um motivo para o povo de Uganda comemorar. Não que essa medalha vá se transformar em hospitais, escolas, bancos e tudo o mais que a Uganda precisa. Mas pelo menos ela mostra aos ugandeses que, assim como Stephen Kiprotich, eles podem contrariar expectativas, conquistando respeito para o seu país, já tão desestimulado.

                                                                                                                                  G3 – Lucas Cauê

terça-feira, 28 de agosto de 2012

PASSEIO Á CACHOEIRA

Assista o vídeo abaixo que contém algumas imagens de Cachoeira - BA:

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

GOOGLE EARTH


Assista o vídeo abaixo que contém postos turísticos e algumas informações do seguintes locais:

Egito: Grupo 1 (Vídeo elaborado por Iuri Ribeiro)
Angola: Grupo 2 (Vídeo elaborado por Matheus Ché)
Moçambique: Grupo 3 (Vídeo elaborado por Matheus Ché)
África do Sul: Grupo 4 (Vídeo elaborado por João Victor com ajuda de João Pedro)
Sudão: Grupo 5 (Vídeo elaborado por Matheus Ché)



quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A ÁFRICA EM LONDRES 2012



02/08/2012 

Remador negro faz história ao ganhar o ouro olímpico

Com treino em rios com hipopótamo e crocodilo, sul-africano Sizwe Ndlovu é o primeiro negro a competir profissionalmente na modalidade
Nesta quinta-feira (2), o sul-africano Sizwe Ndlovu marcou seu nome na história de seu país: ele ganhou a medalha de ouro com a equipe da África do Sul de remo, no quatro sem, ao lado de John Smith, Matthew Brittain e James Thompson. O time sul-africano desbancou os favoritos britânicos, subiu no lugar mais alto do pódio e, agora, Ndlovu espera se tornar um exemplo para os negros do país.
“Há 20 negros para cada 100 brancos praticando remo na África do Sul, por isso estão empolgados com o que aconteceu hoje (quinta-feira, 2) e espero que sirva de modelo para todos”, comentou o remador para o jornal sul-africano The Times.
Para ele, a maior dificuldade em atrair crianças para o remo é a questão financeira. “Remo é mais caro que outros esportes, então as crianças negras preferem escolher o rúgbi ou o futebol” declarou Ndlovu, que – em seu treinamento para a Olimpíada de Londres – chegou a remar em um rio com crocodilos e hipopótamos. “Quando vimos os animais, paramos e nosso técnico tirou fotos, foi como um safári radical”, diverte-se o nadador, que espera participar da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016.

Ouro na maratona: a primeira medalha de Uganda
12 de Agosto de 2012 às 11:52
Por John Mehaffey
LONDRES, 12 Ago (Reuters) - O atleta de Uganda Stephen Kiprotich venceu a maratona e ganhou a primeira medalha do país nos Jogos Olímpicos de Londres neste domingo. Ele derrotou os experientes quenianos Abel Kirui e Wilson Kipsang.

Até este domingo o único medalhista de ouro de Uganda numa Olimpíada era John Akii-Bua, que em Munique (1972) bateu o recorde mundial dos 400 metros com barreiras.

Três brasileiros disputaram a prova. Marílson dos Santos ficou em 5o lugar e concluiu a corrida em 2h11min10s. Paulo Roberto Almeida ficou em 8o com o tempo de 2h12min17s. E Franck Caldeira terminou a maratona em 13o lugar cruzando a linha final depois de 2h13min35s.
Uma multidão tomou as ruas do coração de Londres nesta manhã ensolarada de domingo, no último dia dos Jogos, para ver Kiprotich vencer a maratona com o tempo de 2h08min01s, à frente de Kirui (2h08min27s). Kipsang ficou em terceiro (2h09min37s).

A maratona passou por alguns dos principais cartões postais de Londres. A partida e a chegada foram na região do Palácio de Buckingham.


COMENTÁRIO

Como vimos, os africanos estão conseguindo driblar as dificuldades e se destacar bastante nos esportes. As conquistas dos africanos em Londres foram grandiosas e mostraram o quanto eles são capazes, mesmo sendo habitantes do continente com piores condições de vida do planeta.